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Às vezes precisamos de doses de loucura,
De noites insones,
De silêncio em meio a tanta porcaria que nos invade os olhos e ouvidos.
É preciso sentir essa maluquice
Que bebemos e arrotamos em vida,
Porque nada levamos, a não ser cada impressão digital na pele,
Cada história compartilhada,
Cada beijo alucinadamente dado.
É necessário saber se ouvir,
Mesmo com tanto remédio controlado na mente.
É obrigatório saber amar desenfreadamente,
Sem dosar as consequências,
Mergulhando de piruetas em pedras que nem sabemos se estão fundas.
É preciso sentimento real e muita coragem para estufar o peito e dizer tranquilamente: eu te amo.
Às vezes não é preciso nem dizer com palavras,
Apenas transmitir em gestos simples,
Leves,
Carinhosos,
Generosos e deliciosos.
Não é afoito sentir vergonha.
É lindo quando se pode encontrar alguém
E olhar nos olhos
E repassar docemente o sentimento através da pupila,
Da íris,
Das pálpebras,
Do piscar,
Do brilhar.
E, para tanto, é sim necessária
Uma boa dose de loucura,
Pois a normalidade é careta
E vizinha amiga da idiotice
De não saber aproveitar o momento.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.