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Às vezes precisamos de doses de loucura,
De noites insones,
De silêncio em meio a tanta porcaria que nos invade os olhos e ouvidos.
É preciso sentir essa maluquice
Que bebemos e arrotamos em vida,
Porque nada levamos, a não ser cada impressão digital na pele,
Cada história compartilhada,
Cada beijo alucinadamente dado.
É necessário saber se ouvir,
Mesmo com tanto remédio controlado na mente.
É obrigatório saber amar desenfreadamente,
Sem dosar as consequências,
Mergulhando de piruetas em pedras que nem sabemos se estão fundas.
É preciso sentimento real e muita coragem para estufar o peito e dizer tranquilamente: eu te amo.
Às vezes não é preciso nem dizer com palavras,
Apenas transmitir em gestos simples,
Leves,
Carinhosos,
Generosos e deliciosos.
Não é afoito sentir vergonha.
É lindo quando se pode encontrar alguém
E olhar nos olhos
E repassar docemente o sentimento através da pupila,
Da íris,
Das pálpebras,
Do piscar,
Do brilhar.
E, para tanto, é sim necessária
Uma boa dose de loucura,
Pois a normalidade é careta
E vizinha amiga da idiotice
De não saber aproveitar o momento.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).