Pular para o conteúdo principal
É madrugada. Normalmente a insônia invade sem pedir licença e leva horas que poderiam ser sonhadoras. O comprimido não causa mais a sensação boa do relaxamento, só traz insatisfação pela não eficácia que não apresenta no rótulo. Tudo bem.
O dia foi um tédio de proporções que não caberiam nesse escrito. É muito fácil reclamar, difícil é arrumar as soluções cabíveis para melhorar esse desempenho, essa tentativa de sobreviver. O doce vai perdendo o gosto até que acaba. Desgustar aos poucos necessita de muita paciência, qualidade que foi jogada no buraco negro de ilusões. E a madrugada segue acompanhada por uma dor de cabeça leve, porém, chata.
Às vezes parece que tudo vai dar certo. Mas, é só o efeito dos primeiros segundos que o tabaco causa. Dura muito pouco a sensação. Há coisas mais fortes. O experimento, por enquanto, não será necessário. Se bem que alucinações fazem parte do não concreto. Imaginar é preciso.
Nada de areia nos olhos. Nada de sonhos perdidos e sem nexo. Nada de amores fugazes. Nada de escárnio. Só há misantropia. E madrugada.

Postagens mais visitadas deste blog

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.
Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso. Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a c...