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Despedaçando a tristeza em acordes dissonantes para aumentar a dose amplificada da dor. Assassina mais uma garrafa de vodca, enquanto relembra memórias de afeto. Era um garoto tão contente, escapando simpatia pelos alinhados dentes. Mas eis que chegou a confusão desandada fora do equilíbrio. Um estranho sentimento que foi ganhando corda, despertando desejos e destilando vontades.

Os chegados ficaram desconfiados, mas o aceito veio pelos lábios dos mesmos. O comportamento opcional contornou feliz em um abraço de aprovação. Toda a alegria do início parecia eterna nas frases levantadas em mastros de caneta tinteiro. O amor, enfim, chegou. E foi embora rápido pela freeway dos desavisados.
Não demorou e a lágrima fugiu do olho e se suicidou em queda livre. Retornou à tristeza sem saber o local em que ela saiu. O vento desgostoso bateu no rosto traçado por feições amarguradas. Ele pensou em desistir, porém, o contrário mostrou o lado certo e ele se libertou. Bêbado.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.