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Millôr Fernardes, colabore

Deixe-o expressar o ódio
Mesmo que em entrelinhas
Nessas linhas vorazes
Que faz ferver os olhares.
Deixe que uns tiros
Tirem a vida alheia
De um cidadão de bem
Que passeava no sábado.
Millôr Fernandes, eles tinham razão
O que fazem de melhor é por opção.
Deixe que a boa pessoa
Prossiga a sua ira
Enquanto isso mais uma família
Vai velando alguém para o além.
Deixe que a vida
Aponte o que perderemos
Pois daqui para o futuro
Será lembrado o que sofremos.
Millôr Fernandes, você sempre avisou a prole
"Certas coisas só são amargas se a gente as engole".  

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).