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Ele não pensou que poderia magoar tanto uma pessoa. Mas o fez. Repensou tantas coisas na confusão que é a sua cabeça doente. Tentou se levantar da cama, enxugando as lágrimas. Deu tontura. Entre o tchau e o fechar da porta, deixou em arrependimento o outro partir. Talvez nunca mais tenha tanto amor canalizado ou sentido assim.
Ele queria dizer mais, conversar, esclarecer, porém, não conseguiu se expressar. Logo ele, que mexe com as palavras, ou achava até então que mexia. Diversas ficaram entaladas na garganta e agora explodem numa dor silenciosa e dilacerante.
O amor é algo confuso, às vezes. Quando você o tem demais, os níveis de dopamina no cérebro são quase equivalentes à primeira carreira de cocaína. É uma euforia. E vira uma gangorra de sentimentos misturados. Com o tempo, alguns querem mais, outros, menos. Esses últimos, por sua vez, não mensuram que podem acabar ferindo os que são mais afoitos. Aí vem a dor, ainda mais quando acompanhada de um rompimento.
E ele nunca pensou que poderia magoar tanto, em sua vida, uma pessoa. Ele sempre era o magoado e acabou desenhando em um papel a imagem de um vilão que está prestes a viver nos próximos capítulos.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).