Ela não acreditou quando lhe mostraram o mundo refletido em olhos de elefantes. Não desejou nenhum bem, mas não deu vazão ao mal. Apenas sorriu um favor pela realidade. Justificou em estrelas cadentes, que acabavam de morrer, seu pouco amor. Caiu do alto do andar que enroscava distraído em um céu de mármore ardido. Pensou estar sonhando com deuses mitológicos em uma banheira de cristais. Pavimentou o caminho com pequenas gotas de chocolate e se entregou nua ao destino traçado por uma caneta Bic vermelha. Abriu a rosa de metal líquido que logo escorreu entre as entranhas estranhas. Fechou a boca para que a borboleta atômica não adentrasse o seu canal mais sincero. Congelou em sentimentos agrupados por besouros azuis que queriam denunciar a carnificina. Se viu magoada em um cálice de pólvora que explodiu alegrias adjacentes. Queria um pouco mais de tempo para continuar a sina do viver. Mas ela não sabia do sentimento, um ferro gravado em seu crânio de isopor. Tentou outras alternativas, como roubar um coração de pedra de algum cavaleiro medieval.