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Deus nos dê fígado, pois temos o mundo todo para consumir

Passar as férias em um lugar diferente é ótimo. Nem tão diferente assim, já que passei a virada na fantástica Ilha do Mel, local que considero "velho conhecido". Como as atitudes das pessoas mudam quando estão em um paraíso natural. Até o sotaque fica idiossincrático, mais delicioso, sobretudo acompanhado da brisa do mar das costas paranaenses. Tenho a impressão que os indivíduos ficam mais sinceros e também acessíveis. O companheirismo aumenta até quando se trata de um ilustre desconhecido que se torna conhecido nas trilhas encantadas da Ilha do Mel. Determinados lugares mudam as pessoas, para melhor, é claro. Principalmente se uma bebida destilada se faz em presente companhia. Tudo parece romanciado.
Não tenho do que reclamar, 2005 deixará algumas saudades, mas espero deste novo ano possibilidades grandes com a mente aberta. Confesso que trabalhei lá na Ilha, não no sentido de labuta capitalista, mas mentalmente, me preparando para 2006. O descanso se fez presente. Novas amizades surgiram. Um reciclamento de experiências já vividas em outras ocasiões que ficaram diferentes devido ao momento. A perfeição vinha embriagada com fogos de artifícios que eu não vi. O colorido das luzes se encontravam na retina da minha garrafa com líquido alcóolico. Não adianta, sempre serei um destilado verbal. Sem falar do tabaco. Parece conversa de AA invertido, tornando-se dois "v" de Viu a Vodca? A intenção foi louvável, mas não me expressei muito bem.
Contudo quero dizer que o reivellon foi demais. Agradeço a presença de pessoas tão bacanas que se entregaram à magia que a Ilha do Mel proporciona. Sobretudo à minha irmã, Ana, parceira incomparável de conversas afora que jogamos em fumaça de cigarro. Espero que 2006 seja mais do mesmo, com direito a Los Hermanos na vitrola e poetas delirantes. Morenas refrescantes também estão inclusas. E a Ilha proporciona muitas beldades.

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 

Férias

Finalmente curtindo as merecidas férias. O período de descanso é necessário. Aos poucos, estravasso o cheio a fim de alcançar o vazio. E assim vou enchendo novamente os novos cheiros, os novos sentimentos, as novas experiências e as novas mudanças. Tudo acompanhado ao som das ondas do mar, do oceano que banha as costas da Ilha do Mel. É incrível como este lugar me traz vigor, me renova. Por mais que sejam poucos dias, o proveito recicla a vontade de batalhar por mais um ano em um lugar que ainda não me encontro, não me solto, não exploro. Agora é sentar e relaxar o gozo de outras estações, ainda indefinidas nos planos e projetos que ainda não esbocei. Enquanto isso vou aproveitando as músicas que vão fazendo o meu verão. A nova bolacinha do Max de Castro não decepciona. Nem a coletânea do Blur. Mas o som da estação que vigora mesmo é o primeiro CD da Lauryn Hill. Uma delícia. E eu que achei que ia ouvir muito Jack Johnson. Que engano exacerbado. Ainda bem que errei.
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.