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Quarta Vez

Estrague o que eu fiz
Nunca fui bom
Em te deixar feliz
Nem agi de maneira exata
E você sempre
Me contradiz.

Arraste o pouco que ficou
Para outro lado da sala
Mas não diga que acabou.

Não quero desfazer a mala
Que nunca arrumei
Nem tirar da minha mão
A tua tala.

Eu sei que estou repetitivo
E escrevendo coisas sem sentido
É que estou brincando com os escritos
Que podem traçar algum destino.

De qualquer forma não me abandone pela quarta vez
Não desfaça a bela história que você fez. (E eu continuei).

L.S.H.

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Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
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