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Texto oscariado

Voa alto rodando uma montanha do oeste frio, cortante e dilacerante. Rabisca com raiva um texto de sangue. Briga através da mídia com um figurão político. Dance como gueixa em dúvida natural. Suba em prédio novaiorquinos. Assassine atletas de religiões contrárias. Denuncie artimanhas dos poderosos. Teste vacinas em africanos. Escolha o seu sabre de luz. Entre em uma caverna repleta de morcegos. Veja o drama dos palestinos. Acompanhe a história de um casal de cantores. Acompanhe as divirgências culturais de raças e os preconceitos de Los Angeles. Estraçalhe o seu sentimento na história do transsexual que na realidade é mulher. Ria do bruxo inglês. Envolva-se com um rapaz que se apresenta orgulhoso. Mas, não tenha preconceito. Veja o novo Woody Allen. Dê gargalhadas vendo os pingüins fazendo uma longa travessia. Não leve a sério as filosofias do leão falante da terra gelada. Vença os alienígenas que ainda tentam invadir o planeta Terra. Termine tudo em um "Crash".

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.