Pular para o conteúdo principal

E agora, como será a vida dos habitantes de Plutão?

Na última quinta-feira, 24 de agosto de 2006, em um lugar qualquer do planeta Terra, alguns cientistas malucos se reuniram e decidiram - sem direito a voto popular - que o mais longínquo dos planetas do Sistema Solar, Plutão, não é mais um planeta. Ele foi rebaixo para a infeliz categoria de "planeta anão".
O mais gélido dos corpos, durante muitos e muitos anos achando ser importante, agora é quase um ser perdido. A nossa constelação nunca mais será a mesma. Nem os livros. Muito menos os estudos. Sorte da criançada de hoje que agora não precisa decorar mais nove e sim, oito planetas. Pobre Plutão. A vida dos plutanianos nunca mais será a mesma. Até mesmo porque eles devem estar congelados.
O deus das águas, Netuno, passa a ser, a partir de agora, o último habitante do nosso sistema. Aliás, um sistema muito confuso. Não é a toa que quando a situação do planeta vai escorrendo pelo barranco, as pessoas põem a culpa justamente no sistema. Tudo é culpa dele. Sorte de Plutão, que agora não faz mais parte dessa corja. Mas a felicidade é dos plutanianos que não vão precisar agüentar mais as diretrizes equivocadas que regem as decisões. Eles ainda podem respirar tranqüilos.
Enquanto isso, no planeta Terra, que, aliás, é absolutamente errôneo, já que apenas um terço do terceiro planeta do Sistema Solar é composto por terra, o resto é pura água, vai ditando as regras por essas plagas. Ou melhor, determina também os catamênios de outros sistemas do imenso universo. Os humanos se acham tão especiais. É tudo culpa do sistema mesmo, esse que continua parindo governantes sádicos de pensamentos nucleares. Armas químicas estão espalhadas em todos os lugares. Até em Plutão. A explicação agora é óbvia a respeito de seu rebaixamento. Lógico! Os Estados Unidos ficaram sabendo do perigo iminente que o, até então, último planeta, estava planejando e trataram logo de excluí-lo. O governo americano já fez isso outras vezes, vide Cuba. Afinal, eles são assim mesmos: mascarados. Primeiro dizem que são contra o rebaixamento, depois abaixam as calças dos coitados e resolvem mudar a opinião.
Ainda bem que nos dias atuais existe e-mail e outras formas de comunicação on-line. Dessa forma os plutanianos não vão se sentir tão isolados. Pelo menos agora eles estão fora do sistema. Em breve, ao invés de "planeta anão", de repente, viram uma comunidade hippie, com todo o saudosismo "paz e amor" que se tem direito. Já a astrologia vai ter que desenhar outro regente aos escorpianos. Esses sim, estão ferrados.

Postagens mais visitadas deste blog

um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.