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Das coisas que não entendo e não me permito compreender.
Das verdades que não insisto, já que mentiras eu continuo.
Dos frutos mordidos, não tentados, que pedaços eu vivi.
Das palavras que não bebo, não mais me embriagado.
Dos casos retratados, recortados em meu mural.
Da casa que não vivo, apenas durmo sentado.
Da escada que não subo, só desço.
Do olho que não vejo, percebo.
Do lábio entreaberto.
Do corpo, nu.
Do rosto.
Só.
Do gosto.
Da função, apenas.
Do triste que não sinto.
Da solicitação que não permito.
Da noite que respiro, caminhando perdido.
Da lua que admito, contemplo estrategicamente
Da gota que confesso, perfura cristalina pela retina.
Do pensamento que viajo, outrora sem metas estabelecidas.
Do sonhar bastardo que um dia escrevo ouvindo algum bardo.
Do gostar desesperado perdido entre prédios altos e desesperados.
Das coisas que não entendo e não me permito compreender de inacabadas.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.