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Os Fracos de Vontade


Meu deserto coração preenchido de cactus petrificados
Por elementos que insisto chamar de compaixão.
Mas o que de fato eu quero viaja longe em céus desesperados
E enquanto isso vou perdendo o tato do dom de acreditar.
Um doce iludir eu beijo em face imaginária
A contradição do gosto não é efêmera,
Antes fosse uma ligeira canção de forasteiro
Como o último verso do bardo bandoleiro
Perdido sem razão, mas ainda com paixão
Pela condição andarilha que os fracos de vontade
Nunca entendem como a perfeita emoção.
Então a minha fraqueza eu perco na borda do vidro,
No gole sofrido do fel interrompido
Graças ao sono que me comove.
No entanto, no descanso invade
Um sonho contigo por assim concebido
Acordo em um grito quase sustenido
E percebo que não consigo arrancar
O seu olhar baixo de sofrido.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.