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Mostrando postagens de 2014

Eu em Mim

Calmo, o alvo Ao meu conselho. Concreto O dia em concerto O seu conselho. Eu queria sempre assim Mas sei que nem sempre Encontro o eu em mim. Penso, Senso em número O útero que nasci. Sinto, O fruto que Não omito. lsH

Enfim...

Neste domingo, eu não queria voltar para casa. Algo que nunca me aconteceu. Sempre almoçava rápido com meus pais só para passar contigo o resto do dia. Mas nosso relacionamento está em baixa. Confesso que enquanto assistia um programa na TV Cultura, o qual não prestei atenção, vários pensamentos correram livremente. Um deles, o término. Todos os meus namoros foram grandiloquentemente traiçoeiros. Portanto, seus respectivos fins, traumáticos. Não penso em ter um rompimento contigo dessa maneira. Você diz que é por causa do sexo e algumas contradições minhas. Contudo, eu percebo que é muito mais. Eu pouco tive carinho físico da sua parte e os beijos começaram a ficar mais escassos porque eu percebia um nojo da sua parte. Você falava que era culpa do cigarro. Eu acho isso apenas uma desculpa. Quando eu precisava de um abraço, eu quase sempre implorava por um, não literalmente, porém, minha subjetividade deveria ser muito nula a ponto da sua não percepção. E quando queria demonstrar um af...

Derrames

Chega um momento em que você para, mas não pensa com toda a capacidade do seu cérebro. E por que não pensa? Porque lá no fundinho, ainda resta o sentimento. E, quando envolve isso, o raciocínio não é dos melhores. A contradição, por vezes, chega e lhe faz uma visita. Você fica sem reação quando é indagado. Afinal, como explicar uma contradição? O silêncio não é a melhor resposta. O assumir do ato ainda é a mais perfeita consequência. Ninguém é 100% correto na escolha de suas atitudes. É algo que poderá te desgastar? Com certeza. O tempo apesar de amigo também é inimigo. E quando se trata de amor, ele pode provocar rupturas, cansaços e derrames. 

De saber e amar

Colorido artifício dessa vida Porque da outra Nada sabe E se sabe Leve-a daqui. Dorsal sentimento Que sustenta essa calma E, quando quebra São tempos de cura. Por isso venha intenso Enquanto há alimento Pois o carinho das coisas Está em suas mãos. E o verso louco inverso Pode agora se mostrar Uma beleza controversa De saber e amar. 
Relacionamentos são complicados. Às vezes não sabemos como agir em determinadas situações. Aí fica aquele silêncio entre o casal. Você não entende o que está acontecendo, não quer perguntar nada e pensa: tudo o que eu disser nesse momento pode voltar em forma de briga. Isso é bem estranho, não? Thiago Pethit, genialmente, cantou que duas pessoas em silêncio sempre dão o que falar. Bingo. Nunca na música atual uma frase soou tão verossímil e sagaz.  Convenhamos que se trata de algo incômodo, que nos enche de interpretações. E, como sabemos, o maior problema dos homens é a imaginação. São tantas coisas que se passam na cabeça, inúmeras viagens à velocidade da luz. É de cortar o coração. Particularmente, perdi o sono com isso. Prefiro ficar acordado a dividir a cama. Dormir com dúvida no relacionamento é uma das piores torturas. Gosto mais de cortar o dedo com folha sulfite. 
Ando meio vazio. Sinto quase um desespero em determinados momentos, com a vontade de engolir uma caneta tinteiro e senti-la explodir em minha garganta. Uma falta de conteúdo me assombra nesse momento, como se o cérebro implorasse por um frescor intelectual. Algo que me tirasse do lugar comum, da maldita zona de conforto a qual me encontro. Mas a solução é única. E ela não virá galopando em um cavalo branco. É necessária uma força maior. Quando adolescente, lembro-me de uma cabeça mergulhada em leituras e poesias (mórbidas, confesso) que arregaçavam certas peripécias experimentais. Eu vivia envolto numa bolha extraordinária de paixão pelo desconhecido, sempre a procura de novos sabores, fossem quaisquer um, de universos paralelos, laterais, prosaicos, arcaicos, hiperbólicos e, até então, idiossincráticos. Era lindo. Quando uma nova canção era descoberta pelos sedentos tímpanos, o corpo todo entrava em um transe estapafúrdio. O primeiro contato com Sonic Youth foi devastador. As con...
Hoje eu senti saudade da solidão. Algumas pessoas temem isso com devoção. Aos 15, me imaginava um adulto solitário, vagando o mundo meio sem rumo, ao sabor de algo que ainda não sei o que é. Com o passar dos anos, acabei fazendo bons amigos e me viciei em pessoas, de todos os tipos, credos, cores, sentimentos e idiossincrasias. Mas foi um ex-namorado que começou a me despertar o medo de ficar sempre só. Por culpa dele vieram as fobias, as síndromes e a depressão. E aquela coisa que eu sentia ser romântica na adolescência, começou a se tornar doença. E, estranhamente, hoje senti saudade da solidão. Eu vejo que às vezes me desentendo com as pessoas, pois nem sempre concordo com elas. Ou, quem sabe, não deixo claro minha opinião que, por vezes, confesso, é repleta de nebulosidade. Sempre fui adepto do subjetivismo e gosto de pensar que todo mundo deve interpretar qualquer coisa, seja um comentário, uma música, uma situação. Tudo deve ser analisado. No entanto, alguns possuem uma preguiça...

Ele maiúsculo é Amor

Quando chega o amor, não se trata de prisão. Que me desculpem os poetas mais tristonhos, mas quando Ele chega é libertação. São os sorrisos prontos, soltos e leves de se encantar. É a música quando faz sentido junto ao ouvido. É lamento também, mas depois são dessabores jogados em lixo reciclável.  Quando se tem é uma bobeira incrível. É beleza em cada detalhe, mesmo na feiura do concreto rabiscado pela pichação. É encontrar um desenho de coração onde, na verdade, é assinatura de uma gangue. É uma parede com garranchos ganhando arte aos olhos dos românticos. Quando se há, corpos desafiam a física e fazem duas massas caberem no mesmo espaço, reprimindo a lógica e espremendo os átomos. Não há porque se viver sem. E, parafraseando Nietzsche, sem o amor a vida não teria o menor cabimento. Quando se explode, não precisam existir os homens bombas e suas batalhas religiosas e territoriais em nome de seu deus. Mas algo tão simples e, ao mesmo tempo tão complexo de se sentir, é abafad...
O transe coletivo manifestou uma onda de sentimentos em cada olhar que recebia o alimento em forma de luzes e sons. A catarse se espelhava na boca que emitia berros repletos de simbologias. A vida ganhava novos sentidos através dos acordes introdutórios. A canção era a oração pop mais perfeita. A emoção era percebida de várias maneiras, nas lágrimas, nas palmas, nos gritos e, sobretudo, nos rostos. O sorriso mais perfeito com certeza teria sido encontrado lá, entre centenas de indivíduos que estavam em uma rota de colisão com a sinestesia do belo. David Bowie dava razão enquanto a vazão se espalhava entre os corpos presentes. Os lábios se abriam. A emissão da garganta em trêmulo, por vezes, ecoava o anel, a pista, as laterais e o céu. Tudo parecia perfeito, mas a impressão era mais do que essa. Era uma definição que não cabe apenas à simples frase. Ela ainda não foi encontrada, mesmo com todo o exagero aqui permitido. A definição não existe em palavras. Achtung Baby, yeah! O mess...

Os Ditames Errôneos - Volume

O alcoolismo é uma fuga desprezível dos desesperados. A entrega às gotas da vã felicidade é conturbada e se mostra uma cilada aos anos, à saúde, à vida. Mas não se parece isso quando um estágio de afago se esvai pelo ralo das possibilidades. Alguns espertos até conseguem destilar poesias: inspirações que transpiram em corpos-outros. O bufão grandiloquente do Bukowski não tinha medo disso. Quem tinha medo dele era a própria bebida. No entanto, há aquela entrega fraca, que se converte em tapas, em brigas, em assassinatos e demais loucuras do cotidiano urbano e rural. É triste e vende jornais, rende reportagens e lendas populares; rasga a sensibilidade e faz chorar a comunidade.  Grande alcoólatra de tempos latidos com gás e fúria, o hoje Homem de Ferro tinha um demônio em uma garrafa. Sua indicação ao Oscar, interpretando Chaplin, só fez piorar a guinada ao fundo de um litro de vodca. Saiu derrotado? Nenhum um pouco. Utilizou os momentos a seu favor, mesmo que aos tropeços. Como...
Sim, eu tive sonhos. Queria sair aí pelo mundo, escrevendo. Mas, antes, gostaria de ter trabalhado com jornalismo cultural. Queria ter resenhado Ventura para a Showbizz. A revista nem estava mais em circulação quando o Los Hermanos lançou o álbum. Que pena. Queria ter dado minha opinião sobre Abraços Partidos na SET. Sequer deu tempo de fazer isso. Faltou talento também. Queria ter terminado de escrever meu livro. Mas também faltou talento. Queria ter composto mais músicas e ter vivido dela por um tempo, nem que fosse para passar fome no centro de São Paulo ou em Guadalajara. Queria ter viajado o litoral dos três Estados do Sul. Fiquei apenas no queria. Hoje, exatamente agora, no meu trabalho, estou pensando a respeito, tudo por causa de um e-mail da chefe. Nele, ela me perguntava quais eram minhas principais dificuldades, qualidades e com que eu mais me identificava no expediente. Respondi numa tremenda autoanálise que me proporcionou uma crise gigante. O que estou fazendo aqui? Sim,...

Calendário

Gira, gira, gira linda. Rodopia ao som do silêncio e esvazia a mente tentando um suplício. O travar dos dentes acontece ao mesmo tempo que o travar do tropeço. E o seu girar lindo fica estático no tempo. No espaço. No critério. Na ocasião. Na vida. O calor esfria e ela pensa no vazio do corredor. Tira um samba dolorido e acompanha com vocalizes os deslizes do amor narrados pelo cantor. Observa a foto antiga em sua estante e, por um instante, se sente uma vitoriosa.  Vai até o banheiro e em frente ao espelho borra o batom em seu lábio, joga uma maquiagem mal desenhada e sorri. Fecha os olhos e fica a se imaginar em um baile colegial, quando era a preferida para se dançar. Caminha até o calendário da cozinha e risca o dia 21 de outubro. Mais um aniversário ela comprova, sozinha.

Os ditames

Na aventura dos sentidos O tempo resgata os perdidos E aquele ali, que antes Escrevia poesias marginais Agora elabora discursos Para os petistas. E o calor de seus lábios Hoje esfriam o amor Que os direitistas, ora exacerbados Portanto cancelam Gritos exacerbados. No trajeto da sua letra Algo ecoa nesse ouvido Porque no outro, eu duvido Que a Marina vá profanar. Mas na aventura dos sentidos O tempo resgata Até os esquecidos E a dança cega da digitação Far-se-á breve, por obrigação. 
Eu ando muito impaciente. Qualquer ruído me incomoda. E eu, que criticava o João Gilberto, começo a dar vazões exageradas ao seu chatismo absoluto. Eu me canso.
Que verve é essa, toda errada se manifestando num sábado qualquer? Os elementos eletrônicos não querem se mostrar favoráveis e esse que vós escreves, lamentas e, aos poucos, enlouqueces. Não tem uma razão aparente, já que as coisas, agora, são lógicas. Só as analógicas parecem de acordo. Fica a raiva.

A razão.

Qual eco atravessa o surdo coração da sua razão? Em mesas digitais com três mesários é encontrado? É preciso mais do que isso para prevalecer, você me diz. Mas se contradiz quando derruba seu papel de bala no chão. Você me quer mais educado em todas as situações Só que não olha os miseráveis ao seu redor. Fortalece alianças para celebrar os mais belos casamentos E fornece tratamentos àqueles que não querem a cura. A rua infestada destilada por certo o algo incerto Porque bandeiras são levantadas todos os dias E ninguém entende para qual norte são apontadas. A senhora queria um lindo beijo no recém-nascido Com câmeras registrando cada frame do ato Por uma única razão? Sim, emocionar o eco que atravessa surdo O coração daqueles mesmos que batem a sua razão.

Ego cego

Minhas velhas poesias Embalam o narciso Que rasteja Em memórias digitais. Um passado Um tanto ultrapassado É visto aqui Numa noite De delícias musicadas. Entre saudosismo E melodias As horas vão acabando Com mais lembranças Que, como crianças, Um dia cresceram. Suspiro calmo Com um sorriso trêmulo E alimento o ego Que hoje está cego.  lsH
Mamãe e papai na sala, enquanto eu degustava um café, conversavam sobre o curso que ela está fazendo no Senac. Toda receosa, a mulher que me pôs no mundo relatava a ele a respeito do conteúdo da aula de hoje: alimentos. Uma professora, com base na internet, passou imagens de comida com pedaços de bichos, parafusos e camisinha, coisas que chamam a atenção, despertam a curiosidade e denigrem a imagem das marcas fabricantes desses produtos. Os casos mais frequentes, basta uma ol hada rápida pela web, são do McDonalds. Sempre há pessoas que encontram vermes, fio de cabelo e insetos nos sanduíches da rede norte-americana. Minha mãe, durante a conversa, se pergunta: - será que são todos reais? Meu pai, pensativo, responde: - claro que não, algumas situações, com certeza, são forjadas. Ponto. Nisso, ao engolir um saboroso pão caseiro com maionese Hellman`s, fiquei a refletir: como somos alvos fáceis das artimanhas da internet. Ao assistir o filme Nóe, ontem, no único cinema que temos na regiã...
Estou meio vazio. Exatamente como aquelas percepções psicológicas de perguntas subjetivas. “Você vê este copo meio cheio ou meio vazio?”. O problema é minha falta de conteúdo. Antes, para escrever, as palavras brotavam lindas, maduras, graúdas, como se tivessem sido plantadas em terras férteis de Machado de Assis e regadas com Olavo Bilac, mas hoje estão cultivadas à base de Augusto Cury. A cada dia, sinto meu cérebro murchando, como se mal alimentado ele reclamasse por mais sílabas nutritivas, por mais exercícios fraseais e por mais temperos de vogais. Minhas preposições não são as mesmas nesse apanhado de lamentação que me acompanha. Ao menos percebo que me encontro desnutrido num momento que, eu luto, pelo contrário. Que o copo meio vazio se faça meio cheio, transbordando palavras, parágrafos e páginas. 

Maduro

Tenho aqui guardado Um lindo sorriso Que, todos os dias, Me faz sentir amado. Ao seu lado, gosto de ser engraçado. Danço Afterline Como se eu fosse um retardado. Tenho aqui guardado O meu melhor abraço Que, todos os dias, Não me faz sentir antiquado.  Ao seu lado, eu percebo o futuro. Ouço até One Direction Mesmo que isso não seja algo maduro. 

1h16

Eu ando meio impaciente para as coisas. Qualquer uma. Não sei se é algo da idade, algum problema cerebral ou critérios da vida. O fato é que quase tudo me enche o saco. Nesse momento, madrugada, o som que vem da rua me tirou o sono. Antes, meus colegas de apartamento entraram com uma turma estranha para fumar maconha. Pensando melhor, não sei se foi a música e as conversas externas que atrapalharam ou o cheiro da cannabis. Enfim, estou contando até 10. Até um Pai Nosso eu rezei.  Eu acho que estou ficando velho. Estou me tornando tudo aquilo que eu criticava, inclusive a utilização de verbos no gerúndio. Um porre. Tento, agora, raciocinar as melhores palavras para descrever o momento. Todas me fogem, como se estivessem correndo de um predador. Algumas imploram por socorro. Eu, educado que sou, deixo-as irem embora. Para que obrigá-las a fazerem sua função de explicarem algo se não querem?  Enfim, são 1h16 de domingo. 
Eu gosto do cheiro desse quarto. É perfume com papel higiênico, é esperma com alfazema, é delícia com veneno. Eu sinto demais, apenas, pelas janelas hoje abertas, que esvaziam o odor desse amor direto para a rua, onde um bando de amadores de música sertaneja esbravejam letras ridículas, de credos que os mesmos abaixam a cabeça durante orações na missa de domingo. É triste perceber que, nesse único caso, a marginalidade é outra, menos poética e pobre, ao contrário da canção do Jards Macalé que ouço agora, enquanto busco por um sono perdido em uma xícara de Nescafé.  Não sei analisar calmamente esse momento. Não gosto de ser preconceituoso. Meu gênero, aliás, nem me permite essa colocação. Mas eu fico irritado com essa sonoridade oca que interrompe tantos ouvidos preguiçosos que, no fim, talvez nem queiram isso, e sim, goles de cerveja quente, muvuca e pegação. A aba do chapéu é sem atitude admirável. Por isso, ainda prefiro as frases de escárnio, do que o escárnio dito por duplas,...

História real, ser imaginário

Quando criança, eu tinha um amigo chamado Joaquim. No recreio, eu sempre levava Mirabel. Ele sempre me pedia um. Eu inventava que minha mãe punha remédio para dor de cabeça no lanche, por isso não podia dar nenhum waffle. Eu era muito egoísta.  Hoje ele tem um corpo de atleta e eu sou gordo.
Você me ama você me gosta você me mama você me goza
Em certo dias, o desaparecer é necessário. Mas ele faz? Não. Talvez por medo ou vontade de se desenvolver de maneira diferente. Afinal, a vida é isso. Aprimoramento. Como pessoa, mudou muito. Já o seu lado animal, continua o mesmo. Apesar da constatação não ser certeira, é o que pensa. Às vezes, pensa ele, é triste perceber isso, sobretudo porque se encontra em um estágio de carreira e de vida elevado se comparado aos últimos cinco anos. Em breve, novamente, visitará a ilha que é o seu local predileto no Paraná. É de doce que o sabor semeia. Permeia. Sempre.  Mas, é isso. Vivamos. Vivemos. Vive. Viva. 
Apenas digitando. Sem pensar muito. Estou com vontade de ir ao banheiro. O trabalho está um saco. Hoje é sexta-feira. Que tédio. Não sei se gostaram do texto. Será que vou precisar reescrevê-lo?  Amanhã, sábado, dia de ficar até mais tarde na cama, simplesmente pelo prazer do ócio, será de trabalho. Que tédio. Não vou aguentar. Preciso mijar. Fui. Já voltei. Demorei para continuar esse texto. Na realidade, não sei mais o que escrever. Quem sabe o que estou ouvindo. Legião Urbana. Nossa, como esse som me lembra a adolescência. Muito. Passei boa parte dela acompanhado da voz do Renato Russo. Parece piegas dizer isso? Que se foda. Eu curto. Ou curtia? É que, atualmente, ouço tantas coisas. Enfim, tchau. 
Porque o amor é entrega e recebimento. É açoite, mas é lirismo. Não é dor no início, é alívio. Só se fores virgem. Porque amor é metade cheia e metade vazia. Porque é razão e vazão. Também é introdução, argumentação e fim. É dissertação de vestibular. É conclusão de curso, é tese de doutorado. Porque amor é bom e ruim, mas se percebe, contudo, que é explosão de sentimentos. É tarefa para bem-humorados. Não pode ser forçado. Porque amor é sinceridade, é intimidade. São besteiras compartilhadas. Um peido que escapou debaixo das cobertas, uma remela matinal no olho ou pelinhos no nariz. Amor é cuidado e descuidado. É continuado e descontinuado. Porque tem sorrisos, lágrimas, beijos e abraços. Porque é aquela música que marca um momento, de Ting Tings a Cícero. É canção brega que toca em rádio AM. É Odair José, Ariano Suassuna, E.E. Cummings, Grazi Massafera, Roberto e Erasmo Carlos, Bee Gees, Jesus Cristo, Armando Nogueira e Chicholina. Porque amor é orgasmo, é coito interrompido e broch...

Essa

A tirar meus ossos, sentimentos Em cruzes de prata Meus olhos marejam maresia Que longe da ousadia Sangra um perdão. Ao cais dos contentes Um sorriso latente Traz sarcasmo Para a situação de abismo. Mas o que fazer Para mudar a história Se a glória era Justamente essa.