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Os versos abaixo são de uma música sem título, composta para uma menina de olhos de água, pele macia e dedos largos. A distância hoje é lance, mas do futuro nada sabemos. Portanto, se você estiver lendo, a foto já denuncia. Dielli, é você.

Carregue daqui os meus sonhos
Leve-me junto também.
Desfaça os meus planos
Leve-me muito mais além.

Desfaça o que eu já fiz
Eu ando na beira por um triz
Coloco em risco a vida
Mas quero me ver feliz.

Por isso, me tire daqui
Cole a minha foto em sua lembrança
Rasgue o pessimismo que eu fiz
Só não me deixe mais aqui.

Faça-me, quando preciso
Mas deixe-me cair na vodca como alívio.
Você sabe que eu complico
Mesmo assim eu suplico
Eu sei que tenho chance
Pois você está ao meu alcance
Ajuda-me a descolar o sofrimento
Traga novamente o sortimento

Tudo isso eu quero, porque eu te amo
Exalo fumaça quando eu te vejo
Traga os meus pensamentos até você.

E quando eu choro é porque eu sofro
Reconstrua o meu desejo
E desfaça o meu sorriso.
Leonardo Handa

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso. Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a c...