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Os versos abaixo são de uma música sem título, composta para uma menina de olhos de água, pele macia e dedos largos. A distância hoje é lance, mas do futuro nada sabemos. Portanto, se você estiver lendo, a foto já denuncia. Dielli, é você.

Carregue daqui os meus sonhos
Leve-me junto também.
Desfaça os meus planos
Leve-me muito mais além.

Desfaça o que eu já fiz
Eu ando na beira por um triz
Coloco em risco a vida
Mas quero me ver feliz.

Por isso, me tire daqui
Cole a minha foto em sua lembrança
Rasgue o pessimismo que eu fiz
Só não me deixe mais aqui.

Faça-me, quando preciso
Mas deixe-me cair na vodca como alívio.
Você sabe que eu complico
Mesmo assim eu suplico
Eu sei que tenho chance
Pois você está ao meu alcance
Ajuda-me a descolar o sofrimento
Traga novamente o sortimento

Tudo isso eu quero, porque eu te amo
Exalo fumaça quando eu te vejo
Traga os meus pensamentos até você.

E quando eu choro é porque eu sofro
Reconstrua o meu desejo
E desfaça o meu sorriso.
Leonardo Handa

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 
O barulho, o som, o tudo. As vozes, a esquizofrenia. Quem aguentaria? É preciso jogo, é necessário o respirar. Chega a ser jocoso, parece lacrimoso. O volume, os gritos, a conversa. O cansaço no mormaço. O não relaxar do momento. Os nervos, a fúria, o ventre. O vento que não entra E o apuro do socorro. A bagunça e a falta de concentração. A raiva que aparece. O berro que permanece. Aqui, mudo, em silêncio. Como haveria de ser. Mas não é. lsH
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.