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Mercado de pele

Povo em transe na fossa nova. Coletividade de sentimentos tristes ao som de desbravados deletérios mal interpretados. Uma rapsódia número 02 em ré menor perfura o carisma da melancolia. Trata-se de um outro texto com segundas intenções e mensagens não escondidas.
A voz guia desafina no desatino. Rebela a causa da população na busca pelo auxílio. As crianças febris vão perdendo os dentes nas grandes filas que se formam. Os pais vão gerando outros nos cantos sem a companhia da TV. Drauzio Varella comunica em tom calmo os apontamentos dos carentes que entregam a vida ao mercado de pele, mercado de carne, mercado de órgãos. Enquanto isso, um político sem um dedo recebe boas vindas em um evento esportivo. O jacaré que representou o Pantanal devorou o mindinho do não anfitrião. O dedinho serviu de café da manhã com o presidente. E o Renan Calheiros vai se vendo cada vez mais artista da Casa dos Senadores, novo programa que será elaborado pelo Sistema Brasileiro de Televisão, do Silvio Santos Highlander.

Em outro ponto estratégico, a Geléia Geral do ministro da Cultura e pop star em países europeus, Gilberto-gil-vou-mudar-meu-web-site continua animando os coquetéis da ONU, do ônus, do ânus, da Bahia, do Congo, do Haiti, do Panamá e daquele lugar repletos de vendedores ambulantes: Brasília. Aliás, é de lá das plagas candangas que a dancinha do siri veio causando furor e pânico (entenderam? Pânico!!!!). Certos vertebrados do local só podem andar de lado, pois outra explicação não há.

Ok, chega de ladainha.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso. Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a c...