Pular para o conteúdo principal

Saudosismo


Bateu um saudosismo. Dos grandes. O telefonema foi ótimo. Agora ficam as canções tristes. Valeu mesmo. Como era bom o passado vadio de tardes não vazias, mas completas. Os verões eram os melhores. Divertido em estar. Fora as viagens de disputas malucas entre cidades vizinhas. Madrugadas com conversa. Desilusões. Frustrações. Brigas. Alegrias. Felicidades. Tristezas. Saudades.
Às vezes você causa uma falta enorme. Pois bem, as outras ladainhas da lembrança já foram mandadas por e-mail. Deixo então a letra da canção que nos lembra. Valeu Sandrey!



Reflexos e Reflexões
Paulinho Moska

Diga aí amigo...
Como vai você?
Estou aqui contigo
Você também me vê
Às vezes sou seu clone
E você é o meu
Não temos o mesmo nome
Mas nossa vida se perdeu

Em encontros e desencontros
Do mesmo sopro
Que atravessa eu e você
Se estou contigo
É porque estás comigo
E nós não podemos nos perder

Postagens mais visitadas deste blog

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.