De fato um traço eu risco, no artigo de rabisco do seu rosto. É claro que insisto, e arrisco um palpite. Um trâmite eu desenvolvo, mas não quero nada de novo. Apenas um asterico para relembrar. Outra vontade foi pensar. Agora ao quadrado elevado, um certo traço é riscado. Contradigo o início, recomeçando o contrário. É um artifício de perigo, mas eu confesso: sou ordinário. Então um caso é beijado, meu rosto fica desfigurado, me perco no acaso e não retorno ao passado. Mas resta um resquício, pegajoso e ultrapassado.
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.   Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.