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Invisível DJ



Já ouviram o novo CD do IRA!? O legal dele já começa pela capa, uma foto de uma mosca de perfil. E o título, alguém entendeu? "Invisível DJ". Só analisando a letra da canção homônima para entender o significado. Uma lástima e também uma vitória para quem for baixar pela internet. Lástima: pois perde toda a arte e beleza do encarte produzido pelo fera André Nassar. Vitória: estará economizando cerca de 36 reais. Isso só nos faz pensar que o CD está com os dias contados. Mais três anos e acaba.


Voltando ao novo disco do grupo paulistano, musicalmente falando, não apresenta nenhuma surpresa sônica. É o velho "mais do mesmo" de sempre. Mas, ao contrário do Capital Inicial, o IRA! ainda sabe fazer disso um ponto a favor. Um adendo: o que é aquela música do Capital, "Eu Nunca Disse Adeus". Que pop mais meladinho. Enfim, cada um sabe o que faz.


A canção mais bacana de "Invisível DJ" não é o single "Eu Vou Tentar", composição de Rodrigo Koala da banda Hateen, mas sim, "Mariana Foi Pro Mar". A letra da música narra a tal vida da moça que dá título à canção. Um mulher que sofreu e depois de tudo foi para o mar, esquecendo o seu passado ridículo de fracassos. Mariana perdeu o marido para a vizinha, então melhor amiga. Ambos foram encontrados no Japão. Ao invés de explicar, eis a letra em seguida para se deliciar.





Mariana foi pro mar/ Deixou seus bens mais valiosos com o cachorro/ E foi viajar/ Foi de coração/ Pois o marido saiu pra comprar cigarros/ E desapareceu/ Foi visto no Japão/ Com a vizinha, sua ex-melhor amiga/ Mariana foi ao chão/ E ela pensou por muitas vezes/ Se usava sua Mauser ou o gás de seu fogão/ Mas seu último direito/ Ela viu que era um erro/ Mariana foi pro mar/ Mariana se cansou/ Olhou o que restava de sua vida/ Sem direito a pensão/ Sem um puto pra gastar/ Sempre foi moça mimada/ Mas tinha em si a vocação do lar/ E foi numa tarde de domingo/ Que ganhou tudo no bingo/ Sorte no jogo, azar no amor/ E sua bagagem estava pronta/ Parecia que sabia do seu prêmio de consolação/ Mudou o itinerário, trocou o funerário/Pelo atraso do avião/ Uma lágrima de sal/ Percorre o seu rosto/ Misturando-se ao creme facial/ Onde foi que ela errou?/ Se acreditava na sinceridade/ De sua vida conjugal/ E se ela pensava muitas vezes/ Se usava uma pistola ou o gás do seu fogão/ Mas ela mudou o itinerário/ Trocou o obtuário pelo atraso do avião/ Hoje ela desfila pela areia/ Com total desprezo pelos machos de plantão/ Ela está bem diferente/ Ama ser independente/ Mariana foi pro mar.

PS: Só lembrando que no próximo dia 26, o IRA! estará em Francisco Beltrão. Salve!

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 
O barulho, o som, o tudo. As vozes, a esquizofrenia. Quem aguentaria? É preciso jogo, é necessário o respirar. Chega a ser jocoso, parece lacrimoso. O volume, os gritos, a conversa. O cansaço no mormaço. O não relaxar do momento. Os nervos, a fúria, o ventre. O vento que não entra E o apuro do socorro. A bagunça e a falta de concentração. A raiva que aparece. O berro que permanece. Aqui, mudo, em silêncio. Como haveria de ser. Mas não é. lsH
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.