Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

domingo, fevereiro 27, 2011

FIM

sábado, fevereiro 19, 2011

Extirpando o desespero e concluindo o que estava certo, já que eu visualizei, mas não quis acreditar. O sol vinga na cabeça, mesmo sendo a massa cinzenta. Cristo ouviu, Bucowski também. Escutei ontem aquela música que eu preferia não ter composto. Oposto que vomitada acabou. Ou nem lembrança ficou. Tudo bem, o desgosto percebido eu estou defecando.
Além disso, ontem bateu novamente a latejante aflição. Procurei não ligar. Não liguei. Descarreguei na fúria de um roçar de coxas que explodiu em satisfação. Ufa! Achei que não consegueria retornar àquele ninho. Consegui. Jorrei. E agora vou extirpando.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Chegue. Segue. Prossegue.

Vai à deriva, derivando outras vias, outras vidas... Feridas. Curadas vamos, seguindo vozes novas.

Leituras fúteis, concentração pífia. Mas elas auxiliam. Horóscopo diário, planetário. Tudo para não me sentir um otário.

Segue. Prossegue. Nem chegue. Agora não. Acho que nem nunca. Continuarei achando, pois a única certeza é o incerto que eu sou. Vou. Soul. Voo. Perdoo. Doo. Dói. Corrói.

Segue. Segue e segue!

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Mergulho em seus olhos azuis, que queria castanhos, deslizando nos acordes que você não compôs, mas ajeitou cuidadosamente em uma harmonia única. Quem os criou, eu não sei, apenas percebo o cuidado que você arquitetou. Ao som do verso, eu remeto lembranças. Algumas, nem vividas. Outras, sobrevividas. Mergulho novamente, agora em seu loiro escuro cabelo, que eu gostaria moreno. Vejo a tez na imaginação, já que no real eu deixei escorregar. Não perdi, pois ainda a tenho na vitrola. Para viajar, basta ligar. Gira aflito. Quase grito. Quase giro. Aflito grito.

domingo, fevereiro 13, 2011

Podre

O amor é repleto de cagadas. Fétidas. O amor não cega, arranca as córneas. E os cornos. O amor é alimento de impropérios, de consequências desnecessárias. De dores. O amor é um estado imaginário que, quando acordado, se revela um abismo. O amor, do início ao fim, é chagas. É merda. O amor causa arrependimento. Se isso matasse, como diz o dito popular, muitos estariam vivos. Ou seja, óbvio, mata sim. Não disseram que o amor é cólera? É também sarampo, catapora, dengue, varicela, caxumba e hepatite. O amor é doença. Qual a razão de ficar sofrendo por ele? Qual o valor moral que isso causa no desempenho de viver? Qual o fruto que pode ser colhido? A maçã? Que se foda. O verdeiro amor é coisa morta, é Romeu e Julieta. O amor é podre.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Não lembro o autor

Eu te entendo bem. Tantas vezes também nesta situação fiquei. Dores que não possuem tranquilidade nem com os olhos fechados. Criações horrosas transbordam com frenquência no subconsciente. Torna ou outra povoa os "quandos" e "senãos". Eu li algo parecido em um livro. Não recordo o autor.
Eu te entendo bem. Queria ser mais específico ao dizer, porém, nem sei mais. Ontem estava eu sentado na madrugada, levando uma garoa nos olhos e me lembrei de uma canção. Como a arte é importante nesta situação, que tantas vezes eu fiquei, caso não tenha comentado. Ela falava dos bons amigos. Não estou me referindo àquela música do Barão, quero deixar claro. Só quero clarear o subjetivismo que nem me atrevo a revelar. Não sei se esse artigo é necessário, mas ficou com uma boa sonoridade. Além de escrever bem, aprecio quem consegue compor prosas repletas de ritmo e de musicalidade. É como se lêssemos com os ouvidos. Detesto a ideia de um dia ser surdo. Prefiro ouvir mentiras do que não ouvir. Sabe, eu li isso em algum livro. Não lembro o autor... Mas te entendo bem.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso.
Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a contemplação foi um belo par, que lateja perfeitamente quando lembro da sua boca. Ou da sua orelha, que não é mais minha.
Agora eu choro. Como eu chorei. Nem na morte dos meus avós eu sofri tanto. Sentia como se um garfo quente rasgasse meu peito bem devagar, enquanto era derramado um copo de vodca na ferida sangrenta. Eu jurei que gostaria de vingar com raiva, de sentir a raiva, mas sou muito tolo, muito gentil, muito idiota. Eu quero esquecer. Eu quero poder. Eu quero viver.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Que sintam dó. É bom sentir que existem pessoas que se importam ainda.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Algo se perdeu. Algo você achou. O sentimento mudou. O seu. Contorço-me na cama. Aperto o travesseiro. Durmo acordado. Sonho, ainda.