Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

domingo, julho 31, 2011

E num e-mail você me disse: um dia todo esse sofrimento vai acabar.
E eu digo: já acabou.

sexta-feira, julho 29, 2011

A garoa fina dá o tempero. Na sala, em um velho aparelho de som, uma linda canção embala o ninar das horas. Os olhos se fecham e ele pensa naquela situação que chamam de amor. Sua cabeça ainda arde memórias frias, mas a música ajuda como se fosse nicotina para um fumante.

O coração lembrou traições e pulso um gole de sangue mais intenso pelo corpo. A dissonante adentrou o tímpano e conquistou alívio. Ele queria tudo de novo, no entanto, sem a dose do sofrer. Hoje se encontra em outro plano e quer viver mais emoções ao lado de um fruto doce, que veio como salvação. No entanto, a perfeição ainda não pode se realizar, pois não pode tê-la completa.

Ele continua pensativo, confortavelmente abraçado pelo edredon, seu companheiro mais fiel. E a canção continua a acalmar sua ansiedade de pegar o telefone e realizar uma cagada. Mas a mente funciona mais do que a emoção.

segunda-feira, julho 25, 2011

Entre nós dois


Reacredito naquilo que chamam amor. Mergulho no bom sentir das trocas de palavras que para mim são carícias de alívio. Se não conto com o contato, aproveito a falta de tato no aguçar da imaginação. Um dia presente eu encontro, aí sim meu gozo completo será transporte de felicidade. Minha alegria será a sua. Meu sentimento será mais puro. Minha dose será a sua saliva. Meu açoite será o seu verso colado ao meu tímpano. Meu ápice será seu gemido. Meu caos será completo.

O deslizar pelo seu lábio será complemento da minha dormência reprimida, que quero um despertar com o toque da sua mão. Quero me perder em dizeres praticáveis. Vivenciar aquilo que chamam fruto, levantar a sua estima a favor da minha. Quero dois para únicos ficarmos. Quero dois para únicos conseguirmos. Quero dois para seremos cada qual, na personalidade da divisão, juntarmos os corpos no mesmo espaço, dividirmos as mazelas, as horas, as idiossincrasias e os lábios em dois. Dividirmos a cama. Dividirmos a janta, o café e a panqueca. Dividirmos somente entre nós dois. Solamente.

terça-feira, julho 12, 2011

17h35 - Phoenix. Pensando poeiras entre versos idiotas. Para, analisa, reflite. Olha para o teto branco de um cinza assim. Imaginado. Firulas adjacentes cospem memórias mal resolvidas de um passado ainda tragado de embargo. Viaja. Extrapola. Frita o único cérebro que lhe deram. Não há como devolver o estrago. 17h37 - Introdução. Guitarra alegre ao lado do coração. O sentimento voa, o beijo plana, mas nada acontece. Troca de vida. Troca de ideia. Troca sem troca. Apenas continua, continua e continua...

segunda-feira, julho 11, 2011

Queria

Não tenho uma vontade neste momento. Ando meio baixo, ando meio sono, ando meio fim. Neste segundo, não sei o que convenço. Tentei uma distração, mas escolhi errado. Optei pela ausência e acredito que ganhei alguns minutos. Podia ter sido diferente, ter dado alguma risada. Seria falso. Eu entendo que são períodos, amanhã posso acordar melhor, ou pior será acordar. Depende do espírito, depende da vontade, mesmo neste momento eu não sabendo qual é. Eu queria sim o seu abraço, um cheiro no pescoço, uma fala mansa sobre a vida e um desejo bem sincero. Eu queria ir para Marte, não queria mais a morte, nem veria mais o escuro. Eu queria só um pouco da sua presença, não da sua ignorância que você acredita ser charme. Só queria me sentir amado. Queria você ousado, não te queria ultrapassado. Não quero mais as suas manias, nem o seu passado. Queria algo novo, meio descolado. Queria completo. Apenas queria.

quarta-feira, julho 06, 2011

Eu fico ali pensando no enrosco, ouvindo aquela canção que faz meus olhos revirarem. Penso em outra época, em outra situação, em possibilidades. E aí, vou esperar? Continuo, lógico.