Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

sábado, dezembro 31, 2011

retrospectos_2011_3

Um pouco de tudo. Desilusões, mudanças, traições, amor, períodos de extrema felicidade, bebedeira, prêmios profissionais, novas amizades, uma linda sobrinha, tristeza, reflexões. 2011 foi o ano dos acontecimentos, de aprendizagem completa. Nem tudo pode ser perfeito e, exatamente por isso, que foi algo especial. Aquela impressão de que as coisas passaram rapidamente se faz presente neste momento, enquanto ouço Letuce e vou escrevendo essas linhas. Um esboço de sorriso me ajuda nas lembranças que não caberiam aqui. Ou melhor, até caberiam, mas a preguiça e a pouca vontade de citá-las são mais forte.

Tenho muito a agradecer, até mesmo as decepções. Por você ter me traído e estraçalhado o meu sentimento e por o outro ter me conquistado e também ter me dilacerado. Não posso dizer que foi um ano bom para o amor, mas a quantia de força que conquistei com todo o sofrimento até que valeu a pena. Essas duas experiências fortaleceram a mente. É claro que também me enfraqueceu. A vida é assim mesma, repleta de dicotômias.

Apesar de tudo, valeu a pena. Aprendi que não posso nunca mais contar com vocês e ainda bem que vocês não farão parte de mim em 2012. O que compensou foi a mudança profissional, o ambiente familiar, os amigos que estavam comigo quando os períodos complicados quase me levaram para longe... Enfim, sigamos.


2012, estou louco por você!

sexta-feira, dezembro 16, 2011

retrospectos_2011_2

E então o amor se esfarelou ao sabor de um vento desgraçado, que quase arrancou a minha pele. Respirei fundo e encontrei novamente a fobia que somente os calmantes fizeram desaparecer. Você praticamente destroçou meu cerebelo, me confundiu, me enganou, me iludiu. Se tinha alguma causa, a única foi a maldade.

Tentei compreender a situação e acredito que até tenha conseguido. Naquele dia, ao te encontrar no bar, a sua ignorância arrogante me trouxe certezas que já antes concluídas deram mais vazão. Mesmo assim, desejo que seja feliz.

Passada a situação desagradável, explicações sofisticadas na sala da direção da faculdade e audições calmas das gravações da ouvidoria do seu namorado, refleti, me deram razão, e segui, como sempre.

Novamente, aquela fraqueza se fez presente e toda a carência leonardiana se transportou para os mesmos braços. Idiota eu fui em acreditar que figurinha repetida preencheria o meu álbum. Fiquei o ano todo acreditando que o Shelter do meu braço daria motivos e carinhos satisfatórios. E o que aconteceu? O bonzinho sempre se fode. Me ferrei. Vieram as lágrimas, o lado perdido da vida, aquela sensação sem chão e uma tremenda vontade de pôr fim naquilo que a minha mãe criou com muito amor. Tentei desapegar, não consegui. Fugi, você me procurou. Entreguei-me e fui ferido pelas mesmas mãos que só queriam tocar o meu sexo.

Houve uma época em que eu acreditava na minha força eterna de coração frio. Mas aí 2011 provou o contrário. Recapitulando: um término em plena véspera de viagem a uma ilha paradisíaca e depois um amor acidental com um adolescente confuso que encontrou a sua certeza, de certa forma, me usando. Mais cagado eu não podia estar.

O ano foi passando e certas coisas não quero relembrar. Mas, o ano que iniciou turbulento, após setembro, encontrou os eixos e agora, ao que tudo indica, terá um desfecho sorridente.


Deixamos para o próximo post.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

retrospectos_2011_1

O momento de fraqueza daquele período que iniciou em maio e prosseguiu até agosto foi aproveitado ao máximo como aprendizado. Ligações eu recebi, ligações foram feitas na faculdade a qual eu trabalhava e muito desagrado aconteceu. Sem falar das ameaças. Percebi que não se pode confiar nas pessoas como outrora confiava. E, novamente, eu falhei.

Até então, eu tinha achado que o amor poderia novamente me salvar, me retirar daquela tortura que estava dilacerando a massa cinzenta, fazendo o consumo de tabaco ser frequente demais e retirando toda a concentração necessária que eu precisava no trabalho. Eu estava dando vazão ao Neruda. "Si nada nos salva de la muerte, al menos que el amor nos salve de la vida". E qual foi a conclusão?


Logo...

segunda-feira, dezembro 05, 2011

retrospecto_2011

Falhei. O início deste ano foi repleto de falhas e uma decepção que me cortou o cerne, jorrando aos prantos um sofrimento que eu achava ser interminável. O fruto da morte percorreu novamente as veias, mas pedi licença para ela, mandando-a embora. Mesmo assim segui viagem e quase surtei em um silêncio terrível que me maltratou as cordas vocais. Lembrei daquele período tristíssimo vivido pela Marina Lima e acabei me identificando ainda mais com o trabalho da cantora. Algumas de suas letras eram lembradas por mim como verdadeiros mantras de alcance para a paz.

Os quatro primeiros meses foram de uma infinidade idiota de melancolia que escorria aos litros pelos canais. A desidratação era plena. O corpo se esvaziou. E, novamente, passei a desconfiar de tudo e de todos. Acreditei que depois daquela decepção, eu nunca mais seria capaz de dividir algo, fosse uma simples conversa ou um abraço camarada.

A turbulência cerebral, controlada a base de muitos medicamentos, a cada hora se tornava pior. Nunca tinha sentido tanta dor desde o falecimento da minha avó. A superação foi surgindo em doses tímidas, graças a muitos conselhos do Google. As lamentações surgiam subjetivas através de textos obscuros e aos poucos fui deixando a casca se quebrar. Mas, mesmo assim, eu precisava tomar uma atitude maior: abandonar o que me mantinha ocupado para trabalhar melhor a mente. Dessa maneira, larguei a sala de aula e fui me tratar, pois um problema de saúde tinha retornado. Esse tempo era e se revelou, mais tarde, extremamente necessário.

Durante este período, alguém acabou se aproveitando da minha fraqueza e, novamente, eu falhei como um garoto que se dedicou nos estudos, porém, falhou no momento da prova por puro nervosismo. Entreguei-me, deixei-me levar por uma pessoa que dizia possuir determinados sentimentos que foram se revelando mentiras. Infelizmente, existia uma outra pessoa no caminho que, involuntariamente, acabei magoando profundamente. Tive uma grande parcela de culpa? Lógico, mas deixo claro que nunca persegui ninguém.


O resto? Fica para o próximo tópico...