Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

quarta-feira, agosto 31, 2011

31 de agosto

Hoje estou completando 30 anos. Não sei ainda os 30 motivos de felicidade, mas sei contar os de tristeza. O integrar da vida é isso: a felicidade e a tristeza. Recentemente me envolvi em uma trip de sentimentos que eu julgava verdadeiro. Do alto da minha clareza, não confuda isso com experiência, da minha parte a verdade transbordava. E ainda transborda. Mesmo sem saber o motivo do afastamento, meu respeitar permanece intacto. Afinal, de certa maneira, eu errei ao permitir a sua presença em minha vida apesar do envolvimento de um terceiro. Esse breve resumo, na realidade, nada explica, mas escrevi um conto interessante a respeito, com nome aos bois.

Quem saiba um dia ainda você seja meu abrigo, apesar de hoje ele estar desmoronando. O único detalhe é não conseguir entender. O que será que te ameaçou?


* * *


Mas hoje, ao completar 30 anos, uma linda felicidade invadiu o corpo, esclareceu as nuvens brancas e deixaram o céu com sentido novamente. O nascimento tende a rasgar o sorriso. E por esse motivo, agradeça, vou começar a esboçar os 30 motivos para a felicidade.

Muito (pouco)

Uma falta de razão eu ter acreditado em suas mentiras. Ter creditado seu sorriso torto, suas belas palavras, sua confusão. Infelicidade a minha ter confundido aquilo com amor. Da minha parte, sempre foi e ainda será, mas percebo que da sua a falsidade insana prevalecia. Não tenho pena, tenho angústia. E para essas coisas, é tão difícil deletar. Muito.

terça-feira, agosto 30, 2011

Últimos momentos... Instantes... Fim.

segunda-feira, agosto 29, 2011

Derrota do Sentir

Porra, tinha que ser do mesmo signo? Eu estou prestes a recusar a minha prevalência virginiana depois de tanta decepção. É claro que pelas investigações eu sabia dessa informação, mas, prestes a completar 30 anos, uma pequena sinfonia de revolta abisma o meu cerebelo. Ouço algo relaxante para perceber uma calma, porém, estou com uma vontade abrupta de cuspir um punk. Pena que não tenho talento suficiente a fim de exclamar improprérios, ou seja, foda-se!

A delicadeza da canção do momento não correspondendo com esse sentimento, afinal, conforme diz, "triste é viver só de solidão". Corretíssimo, eu diria. No entanto, a depressão não é equivalente a deixar minha casa pior, como se eu quisesse fazer as mulheres de Grey Garden passar vergonha. Não desejo uma entrega desse tamanho, mesmo querendo uma ajuda, uma contribuição ou dizeres que me tirem desse buraco que aos poucos você me enterra. De todas as mazelas, essa foi a eterna, aquela que esquecer não será possível nem com Alzheimer. Não se sinta culpado, não sou digno de estragar as suas melhores fotos, como aquelas que visualizei em uma rede social e deixou o meu coração amolecido. Quem sou eu para estragar algo cicatrizado em uma tatuagem?

22h35. O pensamento bate um desespero, mas espero que seja passageiro. O problema foram os segredos divididos que, com certeza, agora é piada adocicada no lábio de outro. Como é triste não confiar. Mais ainda é se entregar e se ver esfarelar nessa derrota do sentir.
Definitivamente, mais um caso para entrar na experiência: não confie nas pessoas que você diz "eu te amo". A razão agora chega em fase concreta, comemorada dolorosamente, e o cantar "pega a solidão e dança" enobrece o vagabundo coração, novamente estraçalhado por um alguém que fez promessas e cumpriu mentiras.

quinta-feira, agosto 25, 2011

Blue Lights no fone. O coração viaja longe. Nem tão longe, para ser sincero. Mas a saudade é aflita. Portanto, reflita. Eu queria ter o controle das coisas, controle de um rapto. Será que tudo não passou de uma mentira? Procuro não acreditar.

Às vezes fico a me perguntar, segurando minha caneca de café, na varanda, acompanhado de vários cigarros: - O que teria acontecido? Se eu perguntei: - Desisto. E ele responde: - Desiste! Um erro de programação? O quê? Agora vou aproveitar e fumar todos os cigarros possíveis. Ao menos vou morrendo com prazer.

terça-feira, agosto 23, 2011

Uma coisa te digo, não quero ficar sozinho.

Lembra?

Tempo ao tempo

Eu vejo que agora o sentido é ficar em stand-by. Não sei se farei isso para esperar o momento certo ou simplesmente para esquecer algo que poderia se tornar problemático. O fato é que temos medo do futuro. O período é difícil, repleto de dúvidas e sem ações traçadas com a inteligência que o meu signo me coube. Tenho medo, confesso.

Os fatos negativos aconteceram ao mesmo e se algumas providências não forem tomadas, sinto que um moto-contínuo será inevitável, algo que trará muita dor espiritual e sentimental, mesmo esses dois quêsitos serem únicos, se é que me entende.


Vamos respirando, calmamente. Tempo ao tempo.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Ok

Não nasci para entender certas coisas. Uma delas é aquilo que chamam amor. Essa coisa confusa deixa o nosso cérebro virado em um patê. Vamos citar exemplos. A pessoa some da sua vida por algumas semanas, você sofre toda a desilusão, sangra, reclama devido as circunstâncias e só. Todo o sofrimento latente percorre pelo corpo trazendo aquela dor angustiante que parece um gosto de morte mental. Mesmo assim, você no alto da carência resolve mandar um presente por uma amiga em comum. O agradecimento vem em forma de afeto em palavras on-line, mesmo que escondidas, afinal, existe um outro alguém que interferiu a primeira vez.

As conversas fluem novamente, o encontro reestabelece um futuro promissor, sem danos às consequências malévolas previstas, sejam através de telefonemas de assassinatos, telefonemas às instituições, conversas familiares radicais, o escambau! As trocas sentimentais continuam, você promete horrores e recebe acenos positivos, mas, mesmo assim, desconfia de algo, um detalhe escondido que, talvez por medo, não tenha sido relevado.

De um momento para outro, sem vazão para interpretações ou achados, essa mesma pessoa que lhe prometia beijos ardentes, simplesmente pede a sua desistência, que não a procure mais. E você, o mais idiota, panaca e tongo responde: ok.

terça-feira, agosto 09, 2011

Tchau shelter

Relaxa meu bem, a vida não pode ser levada tão a sério, afinal, nem vivo você sai dela. Mas dizer isso para um psicótico não é alívio imediato. O negócio é levar medicação na veia, invertando as tripas e tentando um calmante nissin miojo. No entanto, relaxe meu bem, pois o meu mal é outro além daquela cerca que foi pulada. Tentei organizar o mecanismo da vida, mas você nem me deu valor. Vou fazer o quê? Ouvir Léo Cavalcanti e chorar? Não quero. Vou aproveitar meu conselho e relaxar. Vou me tornar autossustentável.


Tchau shelter!

sexta-feira, agosto 05, 2011



Estava eu, contente, ouvindo Roberta Campos no iPod. Estava eu, distraído, passeando pelo calçadão de Pato Branco, pensando nos versos. Estava eu, sorrindo sozinho, imaginando a letra cantada por você junto ao meu ouvido. Estava eu, olhando a Igreja Matriz e vendo a estátua de São Pedro rindo para mim. Estava eu, olhando o céu e cansado de usar esses gerúndios fajutos. Estava eu, totalmente perdido, pedindo por um abrigo. Estava eu, em mente, solicitando um abraço seu. A chuva começou naquele momento, como se estivesse lavando a minha dor por amar demais. A minha dor por ser mártir demais. A minha dor por acreditar demais. A minha dor por te querer demais.



Estava eu, caminhando, dando razão à Roberta Campos. A música acabou e meu pensamento voou.