Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

sexta-feira, abril 29, 2016

Sacríficio coração, desperdício sentimental
Fossa em catarse, vento diagonal.
Lágrima em transe, perfeição arrebentada
Crise de mentira, tira interrogada.
Versos soltos, solturas involuntárias
Velcro indefinido, beijo interrompido.
Poluição amorosa, dengosa solitude
Altitude interminável, queda paixonite.
Verborrágico cantar, cheirada afetuosa
Nariz em giz, pó destruído.
Heroína nua, pelo em corpo.
Olhos cerrados, coração em vida.
Poesia fechada, querer aberto!
lsH

quinta-feira, abril 28, 2016

Maduro



Tenho aqui guardado
Um lindo sorriso
Que, todos os dias,
Me faz sentir amado.

Ao seu lado, gosto de ser engraçado.
Danço Afterlife
Como se eu fosse um retardado.

Tenho aqui guardado
O meu melhor abraço
Que, todos os dias,
Não me faz sentir antiquado.

Ao seu lado, eu percebo o futuro.
Mesmo eu não sendo maduro.

terça-feira, abril 26, 2016

Feliz Natal



Ele estava lá enquanto os fogos anunciavam
Sabe-se qual o motivo para o entusiasmo.
Seus olhos refletiam a solidão da sala
Enquanto brindes eram comemorados.
Apesar de presente, a mente se encontrava ausente
E em outro lugar seu pensamento voava.
Não tinha casa alguma que gostaria de dormir
A não ser aquela que bucólica imaginava.
Vieram abraços que eram estranhos, mas não temia
Haviam sorrisos que distraídos não o atraíam.
Bebeu seu último gole de sidra azeda
E abriu a porta para uma tentativa de fuga
Queria o passado naquele momento
Quando seus pais compravam pijamas
E seus irmãos comemoravam o ato simples.


Perdido ele atravessou a rua
E na encruzilhada avistou a lua
E como milagre algo rasgou o céu
E sua falsa esperança desapareceu.

lsH

domingo, abril 24, 2016



Bem aqui, ao centro.
Um incômodo e tanto.
Meu canto fraco
Não ajuda, portanto,
Me deito quieto,
Olhos abertos no teto
A lâmpada cega
Para que em pontos
Aliviem o intenso.


Dois pontos riscados
Como fuga nunca,
Mas como alívio
De encontro ao copo
Que da água ajuda
O descer do sentido.

lsH.

sábado, abril 23, 2016

Recomeçar

Lembro de lá, o lado atlântico, um romântico desesperado a encontrar, sabe-se lá o que seria: um olhar, quiça. Mas recordo da nitidez ao falar, mesmo sem entender o seu contexto. Era de se apaixonar. Tinha no semblante algo confuso. Dava gosto de cogitar. Muitas coisas a observar. Do escuro dos olhos ao cabelo ralo. O jeito de molhar os lábios para dizer, fosse qualquer coisa.
Não trazia nada, apenas um anel no dedo. Dizia que significa, agora, o fim. Enfim, não fiquei sabendo do resto, pois faltou um tiquinho de coragem. Poderia ter sido um recomeçar.