Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

domingo, janeiro 22, 2012

:)

- Por que você mudou de ideia?

- Porque as coisas mudam.


Agora, o que era amor, se torna ódio. Simplesmente mortal, daqueles que fazem histórias de assassinatos parecem contos da Disney.


O anel já foi jogado. Ao menos arranquei as suas pregas. E pelo menos tive o original. Os restos, os outros comem.

terça-feira, janeiro 17, 2012

Anos

Aeroporto. 2008, talvez.

Eu estava prestes a desmaiar de êxtase. Não sei se isso acontece, sei lá. Nunca ouvi falar de alguém que apagou dessa forma. Meu corpo estava controlável, apesar da maldita vodca quente que bebi como se fosse o último líquido na Terra. Alguém teve a brilhante ideia de dar uma volta pela pista onde os aviões não pousavam mais. Possivelmente tenha sido eu.
O aeroporto desativado era a alegria da nossa turma nas noites quentes da cidade. O desmaio não veio, mas sim, outra coisa. Mesmo eu podendo utilizar isso como artifício de desculpa, de ter tomado a iniciativa precocemente alcoolizada, foi de caso pensado e eu sabia o que eu estava fazendo. Por isso beijei alguém.

Horas antes, estávamos apenas brincando, pequenas traquinagens de jovens pessoas que gostavam de curtir a vida juntos, independente do lugar. A luz da lua refletia no asfalto que servia de sofá para as nossas partidas de truco. Também servia de mesa para nossos copos, nossos salgadinhos da Elma Chips e cinzeiro para nossos cigarros. A noite estava absurdamente clara e esplêndida, como um cenário hollywoodiano de filmes farsescos. Os copos começavam a ficar vazios. Antes estavam preenchidos com gelo, vodca e Sprite. O gelo e o refrigerante sempre acabavam antes. Ficava a vodca que era bebida pura. Eu lembro que ela sempre amortecia meus lábios, mas nunca como aquele beijo causou.


Continua...

domingo, janeiro 15, 2012

Certos revelam sentimentos, invertem a pele, se entregam e fazem você acreditar que o amor, de fato, vale a pena. Quem saiba até valha. No entanto, algumas dessas pessoas, depois que conseguem o desejo, enjoam. Após a conquista, te chutam como um pedaço de carne.

Os indivíduos mudam e devemos estar acostumados com isso, pois a vida é repleta de transformações absurdas. Às vezes essas pessoas acham no outro o que não encontraram com a gente. E essa sim é a pior dor.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Pois é, desculpe o auê

terça-feira, janeiro 10, 2012

Fato

Fico sem jeito. Não sei ao certo como devo proceder, se converso ou se ignoro, se tento ser amigo ou mais um conhecido. Nesse momento uma ótima canção serve quase como mantra: "evitar a dor é impossível, evitar esse amor é muito mais, você arruinou a minha vida, me deixa em paz". Eu queria conversar normalmente, mas sei que a culpa é minha por não fazer isso, afinal não quero saber as verdades, com quem você está saindo, essas coisas. As mágoas ainda estão expostas e me sangram quase todo o dia. Dizem que se cura com outro amor. Que clichê mais destruidor. Talvez seja real. É o que estou tentando.

De toda a maneira, vou deixar bem claro que sinto a sua falta, o seu abraço, o seu perfume. Sinto muito, mesmo não precisando sentir, afinal o culpado não fui eu. Sinto por você ter deixado de me amar, sinto por ter sido trocado, sinto por ter sido esquecido. Não quero me fazer de vítima. O fato é que sou. Infelizmente sou.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

2012

Um exercício de paciência consigo mesmo através dessas horas bastardas que repulsam em glórias conquistadas. O lacrimejar evaparou e dispensou inúmeros deletérios. O som invade uma felicidade estranha até então não sentida, como se fosse uma preguiça jogada em uma rede praiana, com aquela brisa leve acariciando a pele. O sorriso surge fácil, delicamente doce pelos lábios molhados por suco e vodca.

A criatura ao lado abre os olhos calmamente, depois de ter o sono velado durante horas. Pergunta se dormiu muito, o outro responde que foi um sono suficiente. Abraço repartido causa o presente momento, um primeiro depois de segundos, minutos e horas. O calor se torna extâse, que esquenta a cintura, libera as pregas e atrita os sexos.


O exercício de paciência valeu a pena.