Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

sexta-feira, novembro 22, 2013

Quero mamar em teus bagos, como um cão safado / Quero babar em seu saco, que nem um tarado / Quero chupar tuas bolas, como em cio que se reflete / Quero lamber seu cu, como quem come quem come um croquete.

segunda-feira, novembro 18, 2013



Pois bem, vá. Siga o que for impreciso, mas necessário. Deixe cá com cara de otário, como rinoceronte solitário que na relva reina desolado. Continue cada passo, cada entrelaço que permite desencantar com os meses. Permita ao feto da memória se tornar afeto da nascença dentro de uma esperança que, aos poucos, se desfaz. Corra atrás do algo que descobrirá quando o rosto se cobrirá de pus. Faça jus ao jogo dos perdizes, longe das cicatrizes de outros soldados que amputados procuraram por novas motrizes.

quarta-feira, novembro 13, 2013

Pronto

Na inconstância que nós somos, seres humanos que possuem no cerne a insatisfação, paira às vezes o sentimento de que tudo está errado. O que acontece? Queremos mudar, fazer algo a mais para garantir um sentido em nossa existência tão banal, mas tão bela. 
Fomos criados a fim de termos mais. Sempre queremos ser conquistadores, como Colombos que precisam explorar a inquietude. Somos moldados, desde pequenos, a sermos os melhores. 
Na entrega do boletim, ainda na infância, a cor vermelha era simplesmente transformada em castigo caso estivesse sangrando o papel cheio de quadradinhos que mostrava seu desempenho escolar. Você precisava provar aos seus pais que era capaz de melhorar. E era cobrado por isso.
Aí os anos passaram e a sua inquietude chatíssima teve um único objetivo: ser aprovado em qualquer vestibular, mesmo que fosse na faculdade mais ridícula do Sudoeste do Paraná. Assim que conseguiu, te encheram de congratulações. Alguns até ganharam carros como reconhecimento, independente se a concorrência tenha dado 0000000,1.
Caso não tenha tido a grata audácia de salvar vidas e optado por Medicina, você ficou dividindo quatro paredes por quatro anos com outras pessoas legais, pessoas terríveis, pessoas mesquinhas, pessoas amigas, pessoas queridas, pessoas idiotas, pessoas caretas, pessoas drogadas, pessoas feias, pessoas bonitas e demais adjetivos que através dos anos foram descobertas. Você se formou e, os professores, mesmo aqueles mais mongoloides, realizaram alguma cobrança. E, para entrar no mercado, você teve de ser o melhor.
E, acredite, apesar de poder contar com a sua família, de ter dinheiro, de ter amigos, de ter transas, de ter um lugar para morar, de ter locais para se divertir, de não passar necessidade, você vai querer mais. E será cobrado por isso. Ou se cobrará.
Não importa a fase da vida. Até quando aposentado, vai querer buscar por algo que nem sempre saberá o que é. E o sentido da vida, da sua existência, da sua permanência como ser humano capaz, pagador de contas, votante em prefeitos burros, vereadores palhaços, governadores e presidentes babacas, nunca será respondido. Até que alguém chega perto de você, beija sua testa e diz: eu te amo. Pronto.

terça-feira, novembro 12, 2013

Percebo

Meu coração hoje guardado
Quer em você o sossego.
Meu verso não se faz mudo
E em você acalma tudo.
Meu corpo em ti abrigo
E não corre mais perigo.
Meu lado fica mais lindo
E não há temor contigo.
Meu truque se torna simples
Quando um beijo recebo.
Meu afeto fica mais claro
Pelo menos é o que percebo. 

sábado, novembro 02, 2013

Sorrindo

Eu quero a sua pele exposta em mim, agora. Quero sentir o respiro de cada poro, como pequenas explosões de satisfação. Quero te fazer gozar com a precisão mais cirúrgica que o Pitangui já proporcionou. Quero retirar do seu hálito o gosto novo inventado na minha boca. Quero proporcionar o amor mais afoito nas horas mais improváveis. Quero arrebentar em decibéis o seu tímpano, com inúmeras frases que versarão sobre o sentimento maior: o amor. Quero te chatear e te cansar com as minhas asneiras e baboseiras a respeito do gostar. Quero te encher de guloseimas sentimentais e te abusar nas madrugadas de chuva. Quero embebedar o seu olhar com os gestos mais cafonas que o romance pode enobrecer. Quero viajar em seu corpo e utilizar a minha língua em cada dobra que eu encontrar. Quero me aperfeiçoar na melhor breguice que uma canção pode ocasionar. Quero me fortalecer na fúria de seus lábios enquanto o futuro aguarda o mais belo sorriso que nenhum dentista ousará em interferir. Quero a sua biologia de noite e de dia. Quero o seu cantar bem colado no meu ouvido. Eu quero a sua tez morena cada vez mais ligada à minha satisfação de te ver sorrindo.