Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

sábado, julho 28, 2012

Meu lado mais obscuro quer amar, mas é o lado claro que odeia. A normalidade sacia o meu excesso de confusão passada.

sexta-feira, julho 27, 2012

Talvez eu precisasse de um beijo. Talvez não. Talvez seja carência. Ou seria abstinência? De repente eu precisasse de um apoio. Melhor seria um abrigo. Mas talvez um abraço fosse o suficiente, caso você não estivesse ausente. Talvez seja ironia do destino. Talvez não. Ou seria sagacidade do destino? De repente isso é para ser assim. Sei lá. Talvez eu quisesse o contrário. Talvez eu esteja sendo otário. Gostar assim é feio? Talvez não. Talvez sim. Talvez eu realmente precisasse de um beijo. Ou de sexo. Ou de um sexo. Ou dos dois. Três. Quatro. Cinco. Yeah! Yeah! Yeah! Talvez eu precisasse ser menos caótico. Eu deveria ser menos neurórico. Eu precisava ser. Apenas ser. Talvez seja isso. Ou talvez não. Talvez eu precisasse de um sinal. Um dizer. Uma frase. Um carinho. Talvez eu precisasse de um café. Ou de uma garrafa de Jack Daniels. Quem sabe, duas. Talvez eu precisasse de menos cigarros. Não, eu sempre preciso mais. De repente eu coma um chocolate. Ou uma caixa inteira. Talvez eu precisasse apenas ouvir uma canção. Aquela de matar. Find The River. Talvez eu queira de mais. Ou de menos. Ou seria demais? Junto? Sim, juntos. Bem juntos. Isso. Juntos.

domingo, julho 22, 2012

Boa noite. Café tomado, cigarro fumado e um pensamento atrapalhado. Dias atrás, após assistir "A Concepção", entrei em batalha discursiva com uma amiga. Ela dizia que não curtia filmes sem sentido. Nessa categoria se encaixava o longa-metragem em questão. Como é peculiar da minha personalidade, contestei. Afinal, particularmente, amo a película e o jeito que o José Eduardo Belmonte conta as suas histórias. E não vejo o enredo como sem razão ou objetivo.
Para tentar provar algo, contextualizei com a nossa situação, com o nosso grupo de amizade. No enredo do filme, pessoas lunáticas formam um movimento, cujo nome é o título do longa. A principal regra é: seja uma personalidade nova a cada dia. No nosso caso, não somos assim. Não diariamente como os personagens da ficção. Mas, o que vem à discussão é o fato de que, devido a monotonia, eles montaram algo que todos queriam em comum. E um dia, nós, na realidade, também fizemos, só que menos autoral, menos performático, menos corajoso e menos original. E foi aí que pecamos.

Y hoy estoy mejor

Eu, um dia, temia mudanças. Mudei. Todo mundo muda. É passagem. É fase. É bom. Certa vez, eu acreditava que nunca suportaria falar a respeito daquilo que muitos escondem. Precisei sofrer para perceber que a minha descarga necessária se fez presente em um café da manhã. Um choro engasgado não suportado vazou ao primeiro gole. Os olhos repletos de lágrimas encararam a face da minha concepção e, gaguejando, transmitiram a mensagem. Um som saiu. Um alívio saiu da minha cabeça e explodiu no ar. Senti um estralo em meu crânio. Ufa!

E, aquilo, que eu acreditava ser a coisa mais complicada, saiu como melodia torta da minha boca. 

Mudanças, a partir de então, aconteceram. Um crescimento latente se manifestou. Se é bom, não sei. O fato que estou gostando. É o que importa e ponto. 

sexta-feira, julho 06, 2012

Não sei dizer se é o mundo das mídias sociais que está me deixando efêmero ou se é a preguiça que toma conta e acaba de retirar aquela bela vontade de se inspirar. A rapidez frenética da atualização, confesso, causa desespero. Tudo para alcançar o compartilhamento e a curtição sem razão. Como não tenho andado pelo mercado, mas tenho a impressão de que isso acontece nos relacionamentos, ou nas intermináveis "ficadas" do cotidiano.
Posso estar errado, porém, percebo um compartilhamento meio que desenfreado de lábios alheios. E sem floreios. Agora, se as pessoas estão curtindo, isso já não sei dizer, pois não vejo nenhuma mão sinalizando positividade. Às vezes esses compartilhamentos são bem escondidos, sobretudo no mundo gay, mais precisamente, do Sudoeste do Paraná. Quando tem festas do gênero, pelo menos, dá para visualizar a eletricidade dos olhares, alguns do tipo: "é só ele ir ao banheiro".
É engraçado.