Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

terça-feira, março 22, 2011

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:-)

domingo, março 20, 2011

Vai doer. Muito mais. De todas as alternativas que eu acabei não achando, essa foi a mais coerente e urgente. Eu sei, eu que vou sofrer. Mas as maneiras não foram encontradas e o radicalismo se fez necessário. Melhor assim, sem explicações e sem despedidas. O fato é que me incomodo por saber como você está. Sinceramente, após o término, o outro sempre quer ver o amor sofrer, sangrar, espirrar. Somente o tempo para explicar o motivo de tanta dor. Se fosse algo simples, como deletar os contatos, seria melhor. A vida não é assim, ainda mais quando um sentimento tão forte permanece na mente e no corpo. Toda vez que acredito que estou curado, basta uma palavra, uma escrita, um início de confissão, que minha estrutura desaba. Você é meu tsunami, meu terremoto, minha doença psicológica. Por isso, eu digo, vai doer, continuará doendo e quero sarar, rapidamente. Para isso, expulsei ciberneticamente. No coração, vai demorar.

quarta-feira, março 16, 2011

Descasca

Minha doce vontade escorre pelo desejo que fica aqui, escondido, prontamente para ser lançado na confusão do viver. Mas lembro que o amor é cheio como uma garrafa de vodca que logo se esvazia. No caso da vodca, há como se comprar outra.
Percorro sensações novas de desalento na lentidão das horas que vorazmente me sequestram o gosto bom da vivência. Logo, não me entrego, mas por um triz fiquei à margem do desespero. Não quero sentir outra vez a ira do meu pensamento. Porém, não chego ao fim de encomendar a uma feiticeira o destino de outrem.
Novamente, amiga íntima, lamento o desconserto do momento e confesso que é mesmo na tristeza que jorram as melhores frases. Felizes, escrevemos besteiras latejantes que só ardem sentido em bobos pela alegria. Eu também já tentei, já consegui e já testei. Nada ficou inspirador, e sim, aspirante de vazios. Se a gente aprende, é na dor. Na outra, nós fraquejamos e deixamos a guarda baixa, que a situação alheia aproveita e descasca uma fatia do seu ser.

sexta-feira, março 11, 2011

Sigo

Necessário sentir para prosseguir
Seja lá qual for o existir.
Vai e segue o coração partido
Em um fracasso de estado.
A fossa abre mais fissuras
Na sua insistente frescura
Mas continuo sentindo
Dos poros o algo partindo.

Lembro quando disse
Que seria loucura não conseguir
Afinal o amor estava ao lado
Tinha que ter força e sorrir.

Não neguei e joguei
Veio a chuva e levou
Longe vai aos poucos
O seu lado meio torto.

Sigo não sei como
Guiando o louco que alimento
E que quero segurar
Na dor cruel do coração
Que vaza sentimento.

quinta-feira, março 10, 2011

Mistério. Conversando com uma amiga, que há muito tempo não trocava uma ideia, ela me disse que essa é palavra que me define. Quando nós ficávamos, dúvidas povoavam a cabeça dela. Confessou-me que sentia nebulosidade em meu viver. E ela estava certa. Foi bom escutar isso. Existe um significado por trás disso que está muito além do meu próprio sentimento. O detalhe: eu sei qual é a minha libertação, mas não revelo. Pelo menos ainda. Dizem que vem com o tempo. Espero que passe logo.

terça-feira, março 01, 2011

Aos poucos

Meus pensamentos, ali, perdidos, meio tortos por acaso, meio mortos por destino. Recruto os devaneios para sobreviver loucuras, querendo viver muitas outras, sem sentido e sem censura, abusando do ciclo, da música e das fossas. Mas não desejo um troço, pelo contrário, anseio o nexo. Quero deslizar minha caneta em sua pele, tranquilizar os dados antes que atinjam a cerne, bocejar felicidades mesmo na preguiça, e fazer do ócio uma arte por ofício. Depois quero levantar a cruz e continuar o trajeto, tocar um banjo sem saber as escalas, e acompanhar no trumpete os solos corretos. Vejo um pouco míope o presente proposto, porém, acompanho o horóscopo sabendo que não terei desgosto. O mês de agosto é uma das rendenções. Faltam meses até lá, então, vou sorrindo aqui, cá e acolá. Em certas culturas, o riso parece igual. Tipo os japoneses e seus tipos de rir, ao contrário dos italianos, que esbanjam na garganta, sem vergonha de colorir. É meio assim, miscigenado, que devo prosseguir. É no amálgama que vem o sentir e o descobrir.
Meu pensamentos, ali, perdidos, catados aos poucos para serem montados em poemas delirantes que eu chegarei a concluir.