Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Porque o amor é entrega e recebimento. É açoite, mas é lirismo. Não é dor no início, é alívio. Só se fores virgem. Porque amor é metade cheia e metade vazia. Porque é razão e vazão. Também é introdução, argumentação e fim. É dissertação de vestibular. É conclusão de curso, é tese de doutorado. Porque amor é bom e ruim, mas se percebe, contudo, que é explosão de sentimentos. É tarefa para bem-humorados. Não pode ser forçado. Porque amor é sinceridade, é intimidade. São besteiras compartilhadas. Um peido que escapou debaixo das cobertas, uma remela matinal no olho ou pelinhos no nariz. Amor é cuidado e descuidado. É continuado e descontinuado. Porque tem sorrisos, lágrimas, beijos e abraços. Porque é aquela música que marca um momento, de Ting Tings a Cícero. É canção brega que toca em rádio AM. É Odair José, Ariano Suassuna, E.E. Cummings, Grazi Massafera, Roberto e Erasmo Carlos, Bee Gees, Jesus Cristo, Armando Nogueira e Chicholina. Porque amor é orgasmo, é coito interrompido e brochada. Amor é ferida, é casquinha, é cicatriz, é cura e acalanto. É fruto e mordida. É carinho nas costas. Sou eu. É você. Somos nós.  

sexta-feira, janeiro 10, 2014

Essa

A tirar meus ossos, sentimentos
Em cruzes de prata
Meus olhos marejam maresia
Que longe da ousadia
Sangra um perdão.

Ao cais dos contentes
Um sorriso latente
Traz sarcasmo
Para a situação de abismo.
Mas o que fazer
Para mudar a história
Se a glória era
Justamente essa.