Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Plasbol


Cabeça de ponta arregaça
A mulata tristonha na praça
E o corpo perfeito arrebenta
Um ícone morto no colo.

A lágrima de vodca abstrata
Voa no chão de overdose
E a moça dos olhos escuros
Me sopra pra longe do rosto.

A vida é uma morte infantil
Observada pelo Jesus junkie
Que analisa com os seus metais
A ponta de lança no seu peito.

A morte é uma vida desperdiçada
Pela mulata deitada no colo
Da criança que bêbada
Reza mais um salmo extra.