Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Mal-agouro


30 por dia para suportar
A navalha que a vida insiste em sangra.
24 horas não são o suficiente,
Até em sonhos o filtro vem me visitar.
Faço ponto onde deixarem
Meu companheiro fiel vai comigo.
Têm dias que eu o traio
E prefiro um maço ordinário.
Atendo alguns com colônia barata,
Mas a fumaça da boca me distrai.
Outros chegam com odor de cachaça
O que para mim é perfume.
Não ligo para os rótulos,
As definições poéticas são ridículas.
Maria Madalena está tatuada no braço.
Todo padre que vê sente cagaço.
Se um dia vai me matar
Pior será enfrentar o SUS,
Por isso eu sigo enchendo:
A minha profissão é de cruz.

(Leonardo S.Handa)