Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Bate oco, extremamente confuso, estranho e desesperado. O sentimento aponta um profundo buraco que aos poucos vai sendo preenchido por uma tristeza inédita, que causa um câncer de repulsa e confunde o pensamento. Nem a mais forte quimioterapia será capaz de curar sequer uma célula contaminada pela melancolia que você plantou. Não encontro motivos nem para sermos próximos, seja qual o grau de contato. Prevejo que sentirei a falta da pele. Mas eu só incomodo. Não sou mais o seu futuro. E agora a minha certeza se esvai. Dissabores percorrem os caminhos que antes estavam abertos. A dor latejante ecoa de uma maneira nada elegante os meus olhos. Água se forma ao redor. Cai de maneira tímida.
Eu pensei que nunca aconteceria novamente. O raio não apenas caiu no mesmo lugar como também dilacerou a pouca força ainda presente. Agora sou o quê? Sei lá.

Vou esperar, apontar para a fé e remar?