Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Enterrando na areia

Um dos hits do momento é a poesia hilariante de "Tô Ficando Atoladinha", da sensação carioca Tati Quebra Barraco. Eu, que estou aqui na praia de Pontal do Paraná, ouço essa música a cada carro que passa com garotos e garotas de faixa etária menor. É divertido, mas eu me queixo. Mas, como é verão, praia, bebedeira, cigarros e gente bonita, então o negócio é relaxar e curtir. Já estou me sentindo o Bola de Fogo da canção. Ou melhor, não podemos chamar isso de canção e, sim, de arroto.
Porém, é bom salientar e admirar esse ritmo que chamam de funk carioca, como ele vira febre nesta época do ano. Sem falar que ele explode no carnaval, onde muitos artistas desconhecidos da grande massa vão aparecer diretamente em rádio e televisão. Todos eles estarão acompanhados de meninas com seus vestidos pocket, deixando mostrar a etiqueta, pra não dizer outra coisa. É tão legal.
As letras são casos a parte. São tão herméticas e sagazes, demonstram criatividade. Estou sendo irônico, ok? Os textos dessas músicas deixam claro que as mulheres funkeiras se sobressaem sobre os homens. Elas são muito mais talentosas, com suas caras e bundas. Lindas.
O legal é curtir, sem preconceito, por mais que ele esteja presente. Eu, particularmente, não quero ficar atoladinho, mas quero enterrar na areia. Ainda bem que trouxe meus discos do R.E.M, do Los Hermanos, do Los Bacilos, da Aimee Mann e do Ben Harper. É claro que nesta lista entra o Bob Marley, do contrário, praia teria sabor de esgoto. Mas o funk carioca precisa ser respeitado. Prometo que no próximo post explico melhor. Vou curtir a praia, mesmo com garoa. Bom 2006.