Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

terça-feira, novembro 29, 2005

O Alcóolatra Amoroso

Despedaçando a tristeza em acordes dissonantes para aumentar a dose amplificada da dor. Assassina mais uma garrafa de vodca, enquanto relembra memórias de afeto. Era um garoto tão contente, escapando simpatia pelos alinhados dentes. Mas eis que chegou a confusão desandada fora do equilíbrio. Um estranho sentimento que foi ganhando corda, despertando desejos e destilando vontades.

Os chegados ficaram desconfiados, mas o aceito veio pelos lábios dos mesmos. O comportamento opcional contornou feliz em um abraço de aprovação. Toda a alegria do início parecia eterna nas frases levantadas em mastros de caneta tinteiro. O amor, enfim, chegou. E foi embora rápido pela freeway dos desavisados.

Não demorou e a lágrima fugiu do olho e se suicidou em queda livre. Retornou à tristeza sem saber o local em que ela saiu. O vento desgostoso bateu no rosto traçado por feições amarguradas. Ele pensou em desistir, porém, o contrário mostrou o lado certo e ele se libertou. Bêbado.